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O tabaco é o assassino em série mais mortífero: mata uma pessoa a cada seis segundos e, quando não chega a ceifar a vida, rouba-lhe uma média de 15 anos. É a Organização Mundial de Saúde a dizê-lo no relatório de 2008. O documento avança com mais números expressivos. Estima-se que, em todo o século XXI, mil milhões de pessoas venham a falecer devido ao tabaco, 80% das quais em países mais pobres. No Ocidente, as campanhas informativas, as leis restritivas, a proibição de publicidade ao tabaco e as acções em tribunal das vítimas e seus familiares dificultam a acção das multinacionais.
Apesar de o consumo entre os ocidentais ter decaído, é preocupante que os jovens se iniciem cada vez mais cedo.

Mais estudos, menos cigarros

• Quanto mais elevado é o nível escolar e as informações sobre os malefícios do tabaco, menor se torna a tendência para puxar do cigarro.
• A relação com o fumo é mais intensa nos momentos de ansiedade ou stresse. O cigarro tem ainda uma dimensão social, pois muitos consomem mais na presença de outros fumadores.
• Os regulares gastam, em média, 17 a 20 cigarros por dia. Há uma tendência para os mais velhos fumarem mais. Entre os 60 e os 75 anos, a média de consumo diário ronda 23 cigarros.
• Muitos fumadores consideram-se ocasionais, mesmo que fumem quatro cigarros por dia. Mas, segundo estudos recentes, mais importante do que a quantidade é a longevidade do consumo. Alguém que fume quatro ou cinco cigarros por dia durante 20 anos corre mais riscos do que outra pessoa que tenha esgotado um maço diariamente ao longo de dois anos.

Saúde e dinheiro em cinzas

• O incómodo é  maior quando estão crianças presentes. Mesmo os fumadores parecem pouco à vontade.
• Os fumadores e ex-fumadores costumem evidenciar mais casos de bronquite crónica e periodontite (inflamação das gengivas) do que os que não têm por hábito puxar do cigarro. Também ocorrem mais doenças cardiovasculares quando o consumo é superior a 20 cigarros por dia.
• Cada fumador gasta em média 847 euros por ano. Se, ao preço do tabaco, forem acrescentados os gastos com a saúde devido aos problemas associados, chegamos a uma soma considerável. Por exemplo, um fumador entre os 60 e os 75 anos pode despender anualmente uma média de 200 euros com tratamentos, ou seja, mais de duas vezes a factura de um não-fumador da mesma idade.

Corte radical é o mais eficaz

• Escolha bem o momento: férias, uma viagem ou um período de trabalho menos intenso. É mais fácil livrar-se do tabaco quando está mais calmo.
• Anuncie a decisão a quem o rodeia. Se o seu cônjuge for fumador, convença-o a deixar o hábito ao mesmo tempo.
• Elimine os objectos associados ao tabaco (cigarros, isqueiros e cinzeiros) e reduza o consumo de café, chá, álcool e alimentos calóricos.
• Encontre pequenos truques para fintar o vício (beber água, respirar fundo, manusear um objecto semelhante a um cigarro).
• Também tem interesse em iniciar uma actividade física, para aliviar o stresse e controlar um eventual aumento de peso.
• Se for difícil deixar de fumar sozinho, recorra a ajuda profissional. Fale com o seu médico de família. Este analisará o seu comportamento e motivação e, se necessário, poderá aconselhar-lhe um medicamento. Em certos hospitais e centros de saúde, existem consultas de desabituação tabágica.

Agora não tem desculpas para continuar a prejudicar-se a si próprio. Começe hoje mesmo por deixar de fumar, para bem da sua saúde e da sua carteira. Deixe aqui o seu comentário e partilhe, as suas vitórias ou derrotas contra esse mal, aos leitores do Saber-Geral.
Até Já.