Construir Casas
Viver na casa dos seus sonhos, idealizada e construída por medida, é o desejo de muitos, ao alcance de poucos. Entre o arquitecto, câmara e empreiteiro, o processo demora meses ou mesmo anos, o que nem sempre é compatível com os prazos impostos pelos bancos para construir, se recorrer ao credito. Se decidiu embarcar nesta aventura, poupe tempo e dinheiro com estas dicas.
Projecto como garantia
No credito à construção e nos outros, os bancos precisam de garantias em como a dívida é paga. Não basta ser bom cliente. Todos têm em conta o valor do terreno e o que nele vier a ser construído, ou seja, do projecto. Quanto melhor a avaliação, maior a probabilidade de conseguir o financiamento de que precisa e umas boas taxas de juros. Alguns bancos podem exigir fiadores, penhor de uma aplicação financeira ou hipoteca de outro imóvel, sobretudo se o peso da prestação nos encargos mensais do agregado estiver acima de 35% (taxa de esforço aceitável).
Para começar a obra, precisa de um bom pé-de-meia, pois a maioria dos bancos empresta até 80 ou 90% da avaliação. Assim, se o projecto valer 300 mil euros, o financiamento pode não ir além dos 240 ou 270 mil.
Todos os bancos permitem optar por taxas de juros variáveis, indexadas à Taxa euribor a 3, 6 ou 12 meses, revistas em iguais períodos. Alguns dispõem ainda de taxas euribor fixas por períodos de 3 a 15 anos. Embora sejam menos comuns e, em regra, mais altas, permitem acautelar aumentos bruscos na prestação. Porém, têm um inconveniente: para amortizar a dívida, paga uma penalização até 2%, em vez dos 0,5% previstos no crédito de taxa euribor variável.
O prazo do crédito pode ir até aos 40 ou 50 anos se, no final, a idade dos titulares não ultrapassar 65 ou 70 anos. Simule prestações para vários prazos e, se possível, opte por períodos curtos, para pagar menos juros á taxa euribor. Tenha em conta o tempo necessário para construir, em regra, 2 ou 3 anos a contar da assinatura do contrato.
Se a obra atrasar, tem duas soluções: pede para alargar o prazo de construção e continua a pagar só juros, ou não alarga e começa a amortizar capital e juros. Se o orçamento permitir, opte pela segunda. A prestação é ligeiramente mais alta, mas o empréstimo não fica mais caro, como na primeira solução. Ao alargar o período de construção, paga mais juros e arrisca-se a uma taxa euribor mais alta.
Mais tranches por menos juros
A principal vantagem do crédito à construção é libertar o capital de forma faseada à medida que a obra avança. Como só paga juros sobre os montantes recebidos, quantas mais tranches pedir, mais barato fica o crédito. O problema é que, por cada parcela, os bancos exigem uma vistoria, que pode custar até € 115 e tem de ser pedida e paga pelo cliente. Ainda assim, quase sempre compensa pedir mais tranches.
A primeira tranche é entregue no dia da escritura e, regra geral, está limitada ao valor do terreno. As outras são combinadas com os bancos, segundo o plano de obra e orçamento apresentados pelo construtor.
As taxas de juro euribor do crédito para construir são idênticas às do crédito para comprar casa. Para conseguir uma boa taxa euribor anual efectiva (TAE), que inclui todos os encargos, faça simulações em vários bancos, a começar pelo seu, e compare as propostas. Negoceie o spread, mas faça contas às comissões e vistorias, por exemplo. Optar pelos bancos certos permite poupar centenas de euros por ano.
Por fim deixo-lhe a pergunta no ar: O que será melhor, construir casa ou comprar uma casa já construida?
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Até Já.
Tags: Casa , Bancos , Credito , Taxas de juros , euribor , comprar casa
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